sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

0 GRITO





Retornando do Carnaval e retomando as atividades no Blog pensei que este mês de fevereiro a surpresa maior em minha vida seria a renúncia de sua Santidade o Papa Bento XVI, mas ao chegar em nosso município e ler a Gazeta de Palmeira, a notícia do Papa ficou em segundo plano, pois o choque foi maior ao ler as portarias acima (mas há outras portarias de nomeação também é só acessarem: <http://www.gazetadepalmeira.com.br/blog/wp-content/plugins/page-flip-image-gallery/popup.php?book_id=88>).

Olha, nada contra as duas pessoas nomeadas nas Portarias em destaque mas não poderia deixar de comentar. A atual administração está debochando de todos nós! Tudo bem que os cargos em comissão são de livre nomeação do prefeito, mas do jeito que a máquina está andando, ou se rastejando, a impressão que se tem é que o prefeito está de brincadeira. Não só com os funcionários públicos, mas com toda a população. Se não bastasse as nomeações do mês de janeiro, Ademir extrapola ao nomear mais uma esposa de vereador para um cargo de Secretaria. Ilegal? Talvez! Imoral? Com certeza, tendo em vista que a Secretaria ocupada é a de Administração Pública! Gente, por favor, isso é piada! A senhora em questão não tem formação nenhuma para ocupar tal posto e esse fator soa como um deboche da cara dos eleitores, não só do  40, mas também do 44! Tenho certeza que se durante a campanha, o que está sendo feito hoje na Prefeitura tivesse sido anunciado, o resultado teria sido outro. O Povo sofreu um grande estelionato eleitoral e isto pode ser constatado pelas nomeações do secretariado, que é composto em grande maioria por pessoas ligadas ao Legislativo e nos leva a uma questão. Ademir é refém dos vereadores ou os vereadores estão reféns do prefeito?

O dinheiro público não pode ser usado para sustentar o “preciosismo” de politicos que querem tudo para sua família, que para apoiar o Prefeito tem que fazer nomeação, nem que as pessoas não tenham a mínima qualificação para isso. Não sei como  não teem vergonha de serem nomeadas para um setor onde não sabem nada, e o pior, será que vão ficar no setor ou vão para outro setor para fazer bordado, crochê, pintura e corte e costura? Pois estes tipos de serviços JAMAIS, isso mesmo JAMAIS podem ser considerados de direção, chefia ou assessoramento. Digo isso porque vi o processo em que uma familiar minha foi questionada na sua função e o Promotor de Justiça, Dr. Antonio Carlos Nervino foi categórico: ISSO NÃO PODE SER CARGO EM COMISSÃO!

No segundo caso, a nomeação da esposa de um ex-vereador e candidato derrotado em 2012 chega ao absurdo. De funcionária concursada como auxiliar de serviços gerais, a senhora passa a ocupar o cargo de assessora executiva, o que consequentemente eleva seu salário de mínimo para R$2.200,00 bruto. Isso mesmo, o cargo de assessor executivo tem o valor de R$ 2.200,00 brutos.  E que tipo de Assessoria Executiva vai prestar? Será que ao menos poderiam descriminar as funções para que pudéssemos acompanhar o desempenho? Ou será que é mais uma que vai assessorar no bordado, crochê, pintura e corte e costura?

Em ambos os casos, o Departamento de Administração e a Assessoria Executiva, exigem de seus ocupantes um grau de instrução e conhecimento técnico, pois a Lei que os criou tráz suas atribuições. Mais uma vez, Ademir Schuhli desrespeita a Lei Orgânica do Município e sobretudo a orientação do Ministério Público Federal que tráz regras para nomeações de secretariado.

Seria cômico, se não fosse trágico, mas fico pensando, por exemplo, em uma das Portarias está o nome da Srta Juliana Ribatski, que possui curso superior em administração e ser nomeada para um cargo com padrão de vencimento inferior. E por que não ela para um desses cargos? Aliás, baseado em ser candidato a vereador a mesma merecia um maior reconhecimento. Política a parte, ela tem muito mais a oferecer a administração que as outras duas, pois pelo menos sabe o que faz.

Por outro lado, fico imaginando os funcionários públicos concursados, que esperaram no mês de janeiro o reajuste salarial e nem um centavo sequer tiveram e pelo que tudo indica não terão também em fevereiro, sendo obrigados a ler o jornal. Fico imaginando também a classe do magistério, que são obrigadas a estudar e se aperfeiçoar constantemente verem que na atual administração a questão do estudo é a menos importante. O que importa é ter voto dentro da Câmara, para que os desmandos não sofram fiscalização por parte daqueles que foram eleitos para fazê-lo. Pior, é que cada funcionário é obrigado a suportar no seu bolso a falta de reajuste para poder abrir mais uma torneira escancarada do dinheiro público, só para acomodar mais um parente de político.

Já vi de tudo nessa vida, mas a edição da semana passada do Jornal oficial sinceramente me deixou com medo. Fico imaginando o que vem ainda no esporte, já que a tetinha está em aberto. Fico imaginando para quanto vai à folha de fevereiro, uma vez que a mesma já ultrapassou o limite estabelecido pelo TCE. Fico imaginando qual a nova secretaria a ser criada e quem vai ser o (ou a) ocupante!
Depois ficam bravos, mas realmente não dá pra aceitar este tipo de coisa e ficar calado. Não estou ofendendo ninguém, é o povo que está sendo ofendido, pois seu dinheiro está servindo só para empregar e melhorar a vida dos próprios políticos!

Por outro lado, lembro que na campanha, pessoas ligadas ao atual prefeito enalteciam o fato do mesmo ser detentor de um curso superior e constato com tristeza e indignação, ver que o fato de se ter estudo em Porto Amazonas não é relevante. Basta você estar casado com um vereador ou ser filho de um e a vaguinha estará garantida, independente do que você sabe ou não fazer.

Fica aqui a minha indignação e espero que as autoridades, Ministério Público, Tribunal de Contas e Imprensa não fiquem vendo essa barbaridade acontecer sem no mínimo um questionamento, inclusive os vereadores da oposição que manifestem isso em plenário, pois o povo é o verdadeiro detentor do Poder e não aceita este tipo de situação, pois o que se vê nada mais é do que uma farra com o dinheiro que é nosso. O dinheiro público sendo utilizado para saciar a sede (ou fome) de poucas famílias em detrimento da população.

Por hoje é isso. Como se precisasse mais depois destas nomeações! O deboche está feito e nós que o suportemos!

Sandro Gusso
HS!




   

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

PRIMEIRO MÊS!




Passado o primeiro mês da “nova” administração municipal é hora de fazermos a análise das novidades que começaram a serem implantadas, ou como dizia o vice-prefeito em matéria de um jornal de circulação regional, o “choque de gestão”. Choque mesmo, afinal, para relembrar o atual Governo  veio para acabar com as mamatas e desmandos que tanto foram propagados na eleição de 2012.
São vários pontos a serem analisados. Vamos a eles.
Conforme consta da proposta de governo, disponibilizada no site do TRE/PR e também em jornal de campanha, havia uma proposta de valorização do funcionalismo público e dos professores. 
Pois bem, o fato é que a semana passada (31/01) o funcionalismo público municipal recebeu a primeira  valorização. A Prefeitura não repassou o reajuste salarial. Tomados de surpresa, professores, motoristas e demais funcionários da municipalidade chegaram ao banco e qual a surpresa dos mesmos? Nem um centavo sequer de reajuste. Apenas os cargos que recebem salário mínimo tiveram seus valores adequados ao mínimo federal.
Caminhando pela rua central na sexta-feira pela manhã, fui abordado por alguns funcionários, que reclamavam da falta do reajuste, inclusive alguns disseram para mim: “Sandro, você tem que denunciar no blog!” Tudo bem, fui conversar com outros funcionários e a reclamação era a mesma. Já pelos lados governistas, dos apoiadores, ouvi o absurdo de que o reajuste não foi dado pois o ex-prefeito Pepé havia deixado um “rombo” nos cofres. Claro que essas palavras não foram ditas pelo atual prefeito e nem secretários, mas sim por aqueles que nutrem ódio ao ex-prefeito. Bobagem, pois sabemos o quanto ficou em caixa, inclusive as somas foram objeto de discurso do ex-prefeito durante a posse do atual (que em nenhum momento veio a público desmentir os valores)  e do montante de mais de 500 mil,  cerca de R$250 mil  eram da Educação.
O fato é que não houve reajuste para o funcionalismo. Na história deste Município, desconheço que algum prefeito tenha deixado de  repassar o reajuste salarial ao funcionalismo e o motivo para tal ato, não sabemos, mas podemos chegar a algumas conclusões:
Neste mês que passou, como já havia dito em matérias anteriores, o verbo conjugado pelo atual governo foi um só: NOMEAR. Nomearam secretários (até normal) nomearam “assessores”, chefes de divisões, assistentes e assim por diante. Todos sempre ligados aos vereadores da base e ao prefeito. Isso tudo gerou um aumento na folha e que segundo informações extra-oficiais do TCE (Tribunal de Contas do Estado, onde tenho amigos) o índice de pessoal da Prefeitura de Porto Amazonas está  na casa dos 52% e isso impediu o reajuste (pois o ideal é que esteja abaixo de 49%)  pois a necessidade maior era acolher os tão famintos bezerrinhos que bradavam na eleição por Justiça e melhores condições, no caso a melhora das suas condições!
Abro aqui um parágrafo para falar da classe dos professores. Como professor que estou e em breve o serei em definitivo, me solidarizo com os professores municipais, que além de não terem reajuste, correm o risco de ver seu plano de cargos e salários, criado pelo ex-prefeito Pepé, ser jogado no lixo pela atual administração, que já deu sinais de que não cumprirá com o que diz a Lei do magistério Municipal.  Basta entrar no site do município e ver que a lei 848/2009, prevê que o reajuste dos professores será no mês de janeiro pelos índices fixados pelo Governo Federal. Lembro que na posse do atual prefeito, eu estava presente e houve um juramento público que bem escutei e que em certo momento dizia: “...Juro cumprir a Constituição Federal, a Constituição do Estado do Paraná, a Lei Orgânica do Município e as Leis...”. E agora, o que dizer?
Sei que quando o índice de pessoal está alto, os governos (pela informação que me passaram ontem na Assembleia Legislativa) não podem dar reajustes, porém devem reduzir os cargos em comissão e as horas extras até o índice chegar ao normal. E o que vemos, várias nomeações, que julgo desnecessárias no momento e que poderiam muito bem serem feitas mais tarde. E o pior, que cogita-se de novas nomeações e desmembramento de secretárias para abrigar mais bezerros. E aí pergunto: Como explicar aos funcionários que não pode dar aumento e continuar contratando e elevando os índices de pessoal?
Vamos aguardar e ver o que acontece, mas de antemão, deixo o blog a disposição  e digo que a classe, principalmente dos professores que possuem lei e sindicato, deve se unir para garantir o direito por qual lutaram tanto. Aos demais funcionários, meus sinceros sentimentos, pois é difícil contar com uma coisa e no final ela não aparecer. Mas em ambas as categorias, deve-se também conjugar um único verbo: COBRAR. Cobrar, principalmente aquilo que foi prometido e está registrado. Se precisarem tenho o jornal de campanha do prefeito de alguns vereadores.
Outro aspecto a ser observado neste primeiro mês, além da falta de reajuste, e que  vem sendo dado a alguns funcionários é a questão do assédio moral, ou no popular a perseguição política. Só para lembrar, alguns defensores do atual prefeito diziam que a “paz” finalmente iria reinar entre os servidores, que alguns até choraram no dia da vitória. Mas a realidade tem se mostrado diferente. Me foi narrado um caso, que muitos já devem estar sabendo, de assédio moral de uma Diretora de Departamento sobre duas funcionárias. O caso eu vou detalhar mais adiante, pois renderá, segundo informações,  uma ação contra a pessoa da Diretora e o município, pois não há nada mais humilhante (ao que corre pela boca do povo) de dar uma mesa, um computador que não funciona e uma máquina de “Xerox”  que não funciona e ainda proibir a funcionária de tomar café, no horário que a mesma tem direito. Pior, quando a coisa esquentou sobrou para a funcionária: foi transferida para a biblioteca.
 Mas no atual governo, o governo que veio para mudar e trazer “paz”, este fato está se tornando corriqueiro, embora muitos não tenham se atentado que os tempos mudaram e isso tudo hoje é passível de processo e indenização. Aliás, e até é engraçado, por que as transferências, na sua grande e esmagadora maioria estão ocorrendo com funcionários que na época não apoiaram o atual prefeito?
Lembrando ainda, dos casos de desvio de função, onde funcionários tiveram um aumento considerável no salário e hoje não devem estar se importando se tiveram ou não reajuste.  
E ainda, o presente maior à população que utiliza dos serviços da Saúde.  Hoje se vê pacientes, segundo informações, com câncer terem que ir para suas consultas e tratamentos no roteiro normal, nas “kombis”  apinhadas de gente, saindo às 5 horas da manhã e tendo que esperar até a última consulta para retornar, sem considerar o estado debilitado que se encontram e as reações colaterais que sempre ocorrem após realizarem, por exemplo um sessão de quimioterapia.
Sei que vão dizer que na época do ex-prefeito, em algumas situações, era igual, mas o povo não elegeu o atual prefeito para ser igual, e sim, melhor e vou dizer o porque na próxima postagem do blog, pois lembro bem dos discursos na praça central, os quais foram gravados e comentarei aqui, inclusive com a postagem do vídeo em questão para não dizerem que estou mentindo.

Sandro Gusso
HS!